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sábado, 20 de outubro de 2012

Entre esponjas de banho e esponjas do mar: os segredos dos poríferos!

As esponjas são consideradas os animais mais antigos que surgiram em nosso planeta. Também chamadas de poríferos por possuir o corpo coberto de poros, são animais aparentemente simples, pois não se locomovem, porém, são pulsantes, em nível celular. Você pode se surpreender com elas!


Olá, amigos do Seres da Minha da Natureza!


Quando se ouve falar em esponjas, com certeza, a maioria dos alunos faz uma relação de semelhança com o personagem Bob Esponja. Afinal, ele é um animal que vive no mar e se relaciona com outras espécies, como o Lula Molusco. Porém, será que ele tem as verdadeiras características de uma esponja?


A resposta para essa questão é: depende do ponto de vista. Se eu quiser compará-lo a uma esponja sintética, ou seja, como essas que usamos para lavar louças, podemos dizer que SIM, por causa do seu formato retangular. Agora, se eu quiser compará-lo a uma esponja-do-mar... SIM e NÃO; SIM porque ambos são animais aquáticos; NÃO porque o Bob Esponja é um animal que possui a capacidade de se locomover, já a esponja-do-mar é imóvel, vivendo fixa no fundo d'água, além de não possuir boca, olhos, cabeça, entre outras partes do corpo. Porém, acredito que esse personagem contribui muito nas aulas de Ciências, pois faz os alunos refletirem sobre as questões acima.
Bom, já que as esponjas-do-mar não se locomovem e, ainda por cima, não possuem olhos, boca e cabeça, como podem ser consideradas animais?

Os poríferos são animais invertebrados, que possuem um corpo bem simplificado, com uma fina estrutura externa cheia de furinhos microscópicos (os poros) e uma abertura grande na ponta, chamada de ósculo. Não possuem sistema nervoso, músculos e nem órgãos internos. São animais que não possuem tecidos verdadeiros, ou seja, são um aglomerados de células, onde cada uma exerce uma função específica. Por apresentarem características tão diferentes de outros animais e por não reagirem a estímulos externos é que os poríferos foram classificados primeiramente como sendo plantas, devido ao seu comportamento séssil, isto é, de pouco movimento.

Foi Aristóteles quem classificou as esponjas como plantas, na Grécia Antiga, mais ou menos em 350 a.C. Nesta época também começou a utilização de uma espécie de esponja para esfregar a pele durante o banho, método usado até hoje, mesmo com a industrialização de esponjas artificiais. A classificação no reino animal só se deu no séc. XVIII, depois dos poríferos terem sua fisiologia estudada e reconhecida como sendo a de um animal.

E as esponjas são mais antigas do que se imagina. O fóssil mais antigo encontrado de um porífero foi datado como pertencente à Era Neoproterozoico, aproximadamente 600 milhões de anos atrás. A partir desta descoberta, pode-se dizer que a esponja é o primeiro animal a ocupar o planeta Terra.
Mesmo parecendo muito diferente dos demais animais, possuem traços básicas que a definem como tal. Suas células mantêm-se unidas em parte graças a uma proteína que é comum a todos os animais: o colágeno. Esta proteína garante a sustentação das esponjas.
Elas também possuem algo muito interessante: podem viver isoladamente ou em colônias, mas sempre fixas a um substrato. Mas, se vivem fixas, como se alimentam?

Conforme a figura ilustrada acima, as esponjas filtram o alimento através dos poros que possuem em grande quantidade em seu corpo. Então, eles seguem um longo trajeto através da parede da esponja junto com a água, até chegar na espongiocele ou átrio, ou seja, a cavidade interna do animal, para, finalmente, os restos serem eliminados com a água através do ósculo. Na verdade, a esponja bobeia água a todo momento, precisando bombear uma tonelada para conseguir filtrar 30 gramas de alimento!

Você consegue imaginar uma esponja se alimentando? Veja o vídeo abaixo:


IMPORTANTE: Não confunda os poríferos com as esponjas vegetais, que são comercializadas como esponjas de banho. Estas são de origem vegetal e são terrestres, sendo classificadas no reino das plantas! Veja uma figura abaixo:

Por Laís Madrid
Professora de Biologia
Fontes de pesquisa:



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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Professores e corujas: o sábio da educação e o sábio da natureza

Corujas são consideradas o símbolo da sabedoria e também é usada como o símbolo da educação. Contudo, muitos a consideram como um animal que traz má sorte, ou seja, dá azar. Até que ponto isso é verdade?

Olá amigos!

Hoje, dia 15 de outubro, é o Dia dos Professores e eu, como professora, não poderia deixar passar em branco essa data. Lembrei do dia da minha formatura do curso de Magistério, das colegas felizes, da toga, do símbolo que havia no chapéu... uma coruja! Logo lembrei que a coruja é o símbolo de quem se forma na área de Licenciatura, os professores! Mas, por que será?
Pensando nisso, acabei lembrando também que, alguns dias atrás, descobri que tenho um colega com fobia de corujas! Isso mesmo! Ele afirma que, quando uma se aproxima da casa dele, algo de muito grave ocorre com as pessoas moradoras do bairro. 
O fato é que nada está provado que essa ave seja de mau agouro. Ao contrário do que muitos pensam, a coruja é sinal de sabedoria! 


Pesquisando sobre isso, descobri que os gregos consideravam a noite como o momento do pensamento filosófico e da revelação intelectual e a coruja, por ser uma ave noturna, acabou representando essa busca pelo saber. Há ainda uma outra explicação para tal relação. Com seus olhos grandes e desproporcionais, a coruja se tornou também símbolo da feiura. Numa língua nórdica antiga, ela era chamada de ugla, palavra que imitava o som emitido pela ave e que daria origem ao termo ugly, "feio" em inglês. "Assim, a coruja segue o estereótipo do sábio, que geralmente é tido como alguém mais preocupado com as divagações interiores que com a aparência externa", diz o helenista (estudioso da civilização grega) Antônio Medina Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP). 

Mas não foi em todas as culturas que o animal se transformou em símbolo de inteligência.
No Império Romano, por exemplo, a ave era considerada agourenta e seu canto anunciaria a proximidade da morte. Concluí por essa pesquisa que meu colega com fobia de corujas, sendo professor de História, deve ter lido muito sobre a cultura romana e a relacionou com os fatos que ocorreram em sua vida, incorporando ao seu dia-a-dia, o que explica esse medo com relação a essa ave. Sei que ele recebeu de presente uma corujinha de gesso esses dias... ele ficou branco de tanto medo, coitado! Mas enfim, acreditar que um animal possa trazer azar é ignorar a verdadeira magia da natureza. Nenhum ser vivo faz mal, tudo isso é crendice popular. Não faça mal a nenhum animal só porque existem essas crenças! Ame a todos os animais pois eles merecem nosso respeito!


Por Laís Madrid
Professora de Biologia
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Répteis exóticos: os camaleões e suas variadas cores

Camaleões são conhecidos pela sua forma exótica de se disfarçar na natureza, que é mudando de cor. Mas a causa dessa mudança se dá por qual motivo?

Olá, queridos amigos!

O mundo animal é cheio de coisas interessantes e, toda vez que pensamos saber mais sobre um assunto, logo surgem mais dúvidas sobre o mesmo. Afinal, a natureza não é estática; de tempos em tempos, espécies se extinguem, mas outras surgem, porém, muitas vezes, estas nem chegam a ser descobertas e identificadas.

Falando sobre novas espécies, foi descoberto o Brookesia micra, uma espécie de camaleão que habita Madagascar. Esse réptil passa despercebido pelos cientistas, pois o camaleão mede nada mais do que 3 centímetros, ou, podemos compará-lo a uma moeda de um Real. Por isso, os cientistas não tinham a menor ideia de que ele existia e ele é considerado um dos menores répteis do mundo.


Depois de realizar testes genéticos na espécie, o especialista Ted Townsend, da Universidade de San Diego, disse que o tamanho sugere que esse camaleão pode ter evoluído em Madagascar a partir de ancestrais pequenos, bem diferentes dos camaleões maiores e mais coloridos que nós conhecemos hoje.

E, por falar em cores, muito se fala sobre os camaleões mudarem de cor de acordo com ambiente. Que é fato eles mudarem de cor, todos sabem, mas como isso acontece?


Em muitos répteis, a coloração é determinada por biocromos (pigmentos ou substâncias que originam cores nos seres vivos) em células vivas. Os biocromos podem estar em células na superfície da pele ou em células em níveis mais profundos. Estas células em níveis mais profundos são chamadas de cromatóforos. Um cromatóforo pode estar envolvido por um músculo do animal, podendo este se contrair ou expandir. Dependendo do movimento que o músculo fizer, as cores que os cromatóforos possuírem ficam evidentes ou "escondidas". O interessante é que a mudança na coloração da pele é justificada pelo seu estado de humor, da luz ou da temperatura ambiente, podendo ajudá-lo, realmente, a confundir-se com os objetos do meio em que vive. Mas essa não é uma ocorrência frequente, e sim ocasional.

E, para os mais curiosos, aqui vão algumas informações sobre esse réptil:
  • Possui a capacidade de movimentar os dois olhos independentemente e também de enrolar a cauda para se agarrar;
  • Sobe com facilidade em árvores e corre rápido no chão;
  • De hábitos diurnos, costuma ao amanhecer colocar-se ao sol para caçar todo o tipo de insetos, como gafanhotos e outros artrópodes;
  • No período reprodutivo, os machos descem dos arbustos para encontrar uma companheira. É uma espécie ovípara, e as posturas variam entre 30 e 40 ovos, que são depositados no solo;
  • Na simbologia africana, o camaleão é um animal sagrado, visto como o criador dos primeiros homens. Nunca é morto, e quando é encontrado no caminho, tiram-no com precaução, por medo do trovão e do relâmpago.
Por Laís Madrid
Professora de Biologia

Fontes de Pesquisa:
National Geographic
Revista Galileu
EFECADE
How Stuff Works
Arco Íris Sabores
Blog da Folhinha - Folha UOL
Pet Friends
réptil,Madagascar,cor

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Tartarugas, jabutis e cágados: afinal, qual é a diferença?

Tartarugas, jabutis e cágados costumam confundir a cabeça das pessoas. Afinal, são todos iguais ou existem diferenças significativas entre esses quelônios que podem chegar a um século de vida?

Olá amigos do Seres da Minha Natureza!


Antigamente, na cidade onde moro, Santo Ângelo (RS), havia algumas espécies de répteis que ficavam num lago da Praça Pinheiro Machado, mais conhecida como Praça da Catedral, ou, por causa da presença de um casal de jacarés, por Praça dos Jacarés. Lembro-me muito bem disso, pois, quando criança, passava pela praça para observar os animais toda vez que ia para a escola, o Colégio Estadual Onofre Pires (situado em frente a Praça). O lago também possuía espécies de tartarugas que, muitas vezes, pareciam que eram ELAS que nos observavam quando colocavam suas cabeças para fora d'água. Eu achava muito engraçado quando elas faziam isso com a cabeça!
Porém, com a reforma que a Praça passou tempos atrás, os animais foram retirados por orientação de órgãos ambientais. Mas, com certeza, as lembranças ficam e venho aqui relembrar essa fato da minha cidade para começar a falar de uma questão que confunde muito a cabeça das pessoas: afinal, tartarugas, jabutis e cágados são a mesma coisa?

Mas, primeiro: o que são Quelônios?

Quelônios são uma das ordens dos Répteis, na qual possuem uma carapaça na parte de cima (dorsal) e um plastrão embaixo (ventral), servindo de proteção. Com isso, as tartarugas, os jabutis e os cágados são répteis que pertencem a ordem dos quelônios. A maioria das diferenças entre esses animais se refere ao habitat dos mesmos. Confiram abaixo:

As tartarugas

Esses quelônios são animais aquáticos, ou seja, podem habitar água doce ou salgada. É por isso que seus pés possuem a forma de nadadeiras. O tamanho e o peso variam bastante; há espécies com mais de 200 quilos!
As tartarugas possuem o pescoço mais curto em relação aos cágados; por isso, elas recolhem seu pescoço para trás, enquanto que os cágados precisam dobrar para o lado antes de recolhê-lo. 

Os jabutis

São unicamente terrestres, sendo encontrados em florestas e campos. Por viverem no chão, possuem as patas adaptadas para andar, lembrando as patas dos elefantes, tendo os cinco dedos unidos até a unha, que é bem grossa. O pescoço é sempre recolhido para trás, como nas tartarugas. Sua carapaça é alta e arredondada. São onívoros, ou seja, alimentam-se de frutas, verduras, pequenos invertebrados e às vezes de material em decomposição. Podem medir cerca de 35 a 45 centímetros de comprimento.


Os cágados

Vivem tanto na água quanto na terra, podendo habitar água doce de rios, lagos e lagoas. Em seus pés, encontram-se cinco dedos ligados por membranas para facilitar a natação. A carapaça é achatada para o mesmo objetivo. O tamanho pode variar de 15 a 30 centímetros de comprimento. Os cágados recolhem o pescoço lateralmente, ou seja, precisam dobrá-lo antes de recolhê-lo. Sua alimentação varia com a espécie de cágado, podendo ser vegetarianos ou carnívoros.
Por Laís Madrid
Professora de Biologia
Fontes de Pesquisa:
tartarugas,jabutis,habitat